segunda-feira, março 16, 2009

*

dear prudence...
won't you come out to play?
...won't you let me see you smile?


daí
você sai pela noite com sua alma branca
e a camisa sangrando um vinho barato.
você gargalha, canta, dança,
pula suas sete ondas,
toma seu porre, quebra uma taça
e grita loucuras pro alto
com tantas gargantas, meu deus...
[há quantos anos você está aqui?]
a música... a música!
e os jogos antigos,
e a lua nova
tudo espera você surgir com um sorriso.

mas, até amanhecer, você anda pela areia molhada
tirando os dados velhos do bolso
e atirando entre montes de búzios.
porque você não devia andar sozinho no escuro.
porque, até amanhecer, teu acaso acaba
porque vai amanhecer,
e você não viu os fogos na beira da praia.

O soluço das espumas no topo do copo
devia te fazer cócegas no nariz,
mas não faz.
porque você cresceu tanto...
nothing is gonna change my world...
nothing is gonna change my world...


[sobre os fantasmas de natal nenhum
que também me esqueceram esse ano...]

3 comentários:

Sempre Que Penso... disse...

Muiito Lindo...

"Yes, I go..."

Lubi disse...

gosto da sua escrita, já disse?

beijos.

Rayanne disse...

Chorei, tanto.

Como uma agulha fina cutucando inquietudes...

"dear Prudence..."

Porque algumas coisas nos vivem alheias à nossa vontade...

"something in the way she moves..."

Como se estivéssemos aqui vivendo a farsa da vida, enquanto a vida já nos viveu, correu, esgotou tão intensamente...

"You're asking me will my love grows...I don´t kow, I don´t know..."

tão intensamente que parece verdade, é a primeira vez que estamos aqui.

Love
love
love
Love is all you need.

**Estrelas, moço bonito**